Questões 285 a 290 - As relações no além-túmulo
285. Os Espíritos se reconhecem por terem coabitado a Terra? O filho reconhece o
pai, o amigo reconhece o seu amigo?
“Perfeitamente e, assim, de geração em geração.”
a) - Como é que os que se conheceram na Terra se reconhecem no mundo dos
Espíritos?
“Vemos a nossa vida pretérita e lemos nela como em um livro. Vendo a dos nossos
amigos e dos nossos inimigos, aí vemos a passagem deles da vida corporal à outra.”
286. Deixando seus despojos mortais, a alma vê imediatamente os parentes e
amigos que a precederam no mundo dos Espíritos?
“Imediatamente, ainda aqui, não é o termo próprio. Como já dissemos, é-lhe
necessário algum tempo para que ela se reconheça a si mesma e alije o véu material.”
289. Nossos parentes e amigos costumam vir-nos ao encontro quando deixamos a
Terra?
“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados. Felicitam-na,
como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudamna
a desprender-se dos liames corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos o lhes
virem ao encontro os que os amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece
em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.”
290. Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte?
“Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem, procurando progredir.
Se um está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não podem os dois
conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre,
senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na
perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição.”
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br.