A problemática dos sofrimentos humanos encontra, na reencarnação, a resposta mais eficaz e a solução legítima, a fim de equacioná-la.
Sendo o Espírito herdeiro de si mesmo, em cada etapa do caminho evolutivo consegue resgatar débitos pretéritos ou adicionar experiências com que se credencia a maiores vôos na direção da sublimação, que é o fana de todos nós.
Enquanto jaz ergastulado nas limitações a que se vincula, padece as constrições naturais da própria insipiência, começando em círculo vicioso as conquistas que não lobriga legitimar.
Representando a morte física mudança de estado vibratório, o espírito transfere de uma para outra existência os labores nos quais malogrou ou em que não conseguiu necessariamente concluir a tarefa iniciada.
Não cessa a jornada redentora...
O que agora não se consegue, posteriormente se realiza.
A vida são as contínuas e sucessivas etapas reencarnatórias, em cujo curso cada um é o arquiteto do próprio destino, construtor da desgraça ou da felicidade que todos buscamos.
Viandante da imortalidade, cada um sublima noutra jornada a interrompida realização para culminar na paz. Assim, transferindo-se de uma para outra existência, o ser encontra, na Terra, a abençoada escola onde forja a redenção, marchando para a plenitude da paz.
O que hoje se configura difícil, logo mais ressurge na condição de possibilidade que lhe compete utilizar para a materialização dos objetivos elevados que persegue.
Nem todos, porém, conseguem lobrigar o mister.
Todavia, a todos é concedida a oportunidade sublimante ante as Leis Soberanas da Divina justiça.
Dentro disso, a reencarnação constitui bênção para o espírito calceta, facultando-lhe ensejo nobre para reerguer-se e avançar, considerando-se que a perfeição não tem limite.
É necessário no entanto, envidar-se esforços.
Transforma-se a lagarta em borboleta voejante no ar, e a bolota esmagada no subsolo liberta o carvalho que está miniaturizado na intimidade do seu bojo. Também o ser imortal...
Logo se desatrelam os liames carnais, o ser imperecível - o Espírito - retorna ao seio da Vida de onde proveio e se integra na paisagem a que pertence: a Erraticidade!
Se conseguiu vencer as paixões e os gravames que o maceravam, paira acima e além das vicissitudes.
Se, no entanto, transformou a bênção do corpo em compromisso negativo com a retaguarda, retorna a novo corpo sob a constrição do sofrimento ou da amargura, em clima de sombra ou desesperação para resgatar e crescer.
O incomparável Herói da renúncia, lecionando a ética libertadora e básica para a legítima felicidade, sintetizou no amor as mais altas aspirações a que nos devemos permitir, como método de construir a felicidade em nós e em torno de nós, sem mácula, sem necessidade de novos recomeços, porquanto, no amor, síntese da vida, estão os semens da misericórdia de Deus, base de todas as coisas...
E amou de tal forma, que deu a Sua pela nossa vida, como a dizer que a verdadeira felicidade consiste, sim, em amar, porque somente quando se ama se consegue a real plenitude, longe de quaisquer sofrimentos e desditas.
FRANCO, Divaldo Pereira. Celeiro de Bênçãos. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. IDEAL.