O Livro Espírita
Cada livro edificante é porta libertadora.
O livro espírita, entretanto, emancipa
a alma, nos fundamentos da vida.
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O livro científico livra da incultura; o
livro espírita livra da crueldade, para que
os louros intelectuais não se desregrem na
delinqüência.
O livro filosófico livra do preconceito;
o livro espírita livra da divagação delirante,
a fim de que a elucidação não se converta
em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do desespero; o
livro espírita livra da superstição, para que
a fé não se abastarde em fanatismo.
O livro jurídico livra da injustiça; o livro
espírita livra da parcialidade, a fim de
que o Direito não se faça instrumento de
opressão.
O livro técnico livra da insipiência; o
livro espírita livra da vaidade, para que a
especialização não seja manejada em prejuízo
dos outros.
O livro de agricultura livra do primitivismo;
o livro espírita livra da ambição
desvairada, a fim de que o trabalho da gleba
não se envileça.
O livro de regras sociais livra da rudeza
de trato; o livro espírita livra da irresponsabilidade
que, muitas vezes, transfigura o
lar em atormentado reduto de sofrimento.
O livro de consolo livra da aflição; o
livro espírita livra do êxtase inerte, para que
o reconforto não se acomode em preguiça.
O livro de informações livra do atraso;
o livro espírita livra do tempo perdido, a fim
de que a hora vazia não nos arraste à queda
em dívidas escabrosas.
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Amparemos o livro respeitável, que é
luz de hoje; no entanto, auxiliemos e divulguemos,
quanto nos seja possível, o livro
espírita, que é luz de hoje, amanhã e sempre.
O livro nobre livra da ignorância, mas o
livro espírita livra da ignorância e livra do
mal.
Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba (MG), na noite de 25 de fevereiro de 1963. Publicado na revista “Reformador”, da Federação Espírita Brasileira, de abril de 1963.