Desforço
Fere, profundamente, o sentimento e a razão, a injustiça.
Magoa, sem dúvida, a agressão injustificável.
A rede das maldades, quando envolve alguém, asfixia-o e aflige-o.
São muitos os fatores e acontecimentos que surgem à frente, obstaculizando a tua marcha.
Não o deplores, nem revides deixando-te empolgar pelo anseio do desforço.
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Os outros, os infelicitadores, já são infelizes sem que lhes aumentes a carga de desar com os revides e a vingança, tão covardes e insensatos quanto as más ações danosas.
Certamente, não mereces muitas dessas dores, pelo menos na atual conjuntura e na forma como te alcançam...
Sem embargo, não és viajor de primeira experiência, incurso num passado que te serve de base para o presente.
Como deves lutar para modificar, nas causas, os efeitos perniciosos que afetam a muitas outras criaturas, não te é lícita a ação ignóbil de vingança.
Só os homens de pequeno porte moral se desforçam, tombando em fosso mais profundo do que aquele em que se encontra o seu perseguidor.
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Se desculpas o acusador, és melhor do que ele.
Se perdoas o inimigo, te encontras em mais feliz situação do que a dele.
Se ajudas a quem te fere, seja por qual motivo for, lograste ser um homem de bem, um verdadeiro cristão.
Desforço, jamais!
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 23.