A Prece dos Criminosos
Nossa Irmã Maria José acercou-se do Chico na ocasião em que lhe contávamos os benefícios usufruídos pelos penitenciários do Distrito Federal com as visitas que lhes vêm fazendo, aos domingos, pela manhã, alguns diretores da Federação Espírita Brasileira. A conversão de muitos Irmãos
detentos à nossa Doutrina tem sido permanente, segura e confortadora. No
final, quase sempre, cabe a um dos presos, em meio do pranto e do arrependimento, orar, agradecendo a Deus as graças recebidas. E nossa irmã atenta aos nossos comentários, indaga do querido médium: – Se a prece representa um estado de alma pura, como poderá tê-lo o criminoso?
Vale alguma coisa, aos olhos de Deus, a oração dos delinqüentes?
E o prestativo servidor, em dia com os assuntos santos do Senhor, ajudado pelos seus esclarecidos mentores espirituais justifica:
- A prece de um criminoso, por ser a de um irmão faltoso, vale muito quando feita com arrependimento sincero. Numa prisão acham-se encarnados e desencarnados, algozes e vítimas, ligados pelos laços do Amor de Deus. E, quando, dentre eles, um se mostra arrependido do mal que fez e, ajoelhando a alma, ora ao Pai, na linguagem do coração, na sinceridade e na humildade,
com vontade de ressarcir suas faltas, uma surpresa aponta no íntimo dos outros colegas e todos acabam envolvidos na Resposta do Criador, que é sempre algo de incentivo de Seu Amor e de Suas Bênçãos! Via de regra, depois de uma Prece assim feita entre almas dormidas, fechadas, endurecidas no crime, algumas acordam para a realidade do Roteiro cristão, sentindo
os remorsos primeiros, dando os primeiros passos em prol de sua redenção.
SILVEIRA, Adelino da. Chico, de Francisco. CEU.