Trabalhar Sempre
Se teus encargos te parecem pesados em demasia, não te abandones à impressões negativas e sim ergue-te em espírito ante a luz da compreensão.
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Comparemos a existência, quando na Terra a um campo que o Senhor nos concede cultivar.
Cada criatura permanece na gleba que lhe coube.
Decerto encontraremos pedras a remover, espinheiros a suprimir, ervas selvagens a erradicar e certos tratos de solo por adubar e corrigir.
Companheiros existem a se queixarem de quaisquer climas e, temendo o trabalho, se marginalizam na expectação.
Esses amigos, no entanto, não se surpreenderão, na hipótese de se verem, um dia, cercados por pragas invasoras, no quinhão de terra que a Divina Providência lhes haverá confiado.
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Na imagem a que nos reportamos, se destaca um símbolo ainda que pálido de nossa passagem no Plano Físico.
É imperioso, de nossa parte, educar instintos, sublimar impulsos, estabelecer o auto-domínio e aprimorar-nos, quanto possível, no transcurso do tempo em que usufruamos a gleba de nossas realizações no mundo, em regime de comodato.
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Se aguaceiros de desenganos te encharcam os dias, se tempestades de sofrimento te compelem à mudanças difíceis, se provas inesperadas te induzem à tribulações e crises de variada espécie, não te abatas e continua nas tarefas que a vida te reservou.
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Haja o que houver, adianta-te e faze o melhor que possas.
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Recorda que é preciso semear o bem, por dentro de nós e por fora de nós, onde estivermos, de vez que, nessas diretrizes, o bem se nos fará alegria e paz, coragem e esperança, nas áreas de cada hora.
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Se algo te fez parar no serviço do bem a que te impuseste, recebendo o empréstimo da existência no mundo, refaze as próprias energias, levanta-te das sombras da tristeza e não te acomodes com a inércia.
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Prossegue constantemente no encalço do bem a que somos chamados.
Reanima-te em qualquer lance difícil do caminho e confia na Divina Providência que jamais nos abandona. E, sobretudo, guarda a certeza de que o desânimo, ainda mesmo quando na embalagem das mais belas frases, nunca auxiliou e nem melhorou a ninguém.
XAVIER, Francisco Cândido. Amigo. Pelo Espírito Emmanuel. CEU, 1979. Capítulo 5.